[omnibib-devel] gerenciador de tarefas e início da discussão

[Rafael Bohrer Ávila]

Ois,

Experimentei agora criar uma tarefa no Savannah.  Acho que até deu 
certo, mas provavelmente tem muitos parâmetros errados/mal-configurados. 
  A tarefa é aquela história de reimplementar o servidor pra usar 
processos em vez de threads e de limitar o número de conexões.

Como tinha dito no mail anterior, coloquei o Pilla como responsável por 
essa tarefa, mas particularmente não quero que ninguém se sinta "na 
obriga" de qualquer coisa até que tenhamos feito uma discussão inicial e 
todos tenham suas respectivas tarefas.  Aliás, nem é preciso dizer que o 
projeto é um "hobby" e que todos nós sabemos que cada um tem suas 
responsabilidades com aulas, tese, etc. (embora muitas vezes pareça o 
contrário :-)).

Vamos começar a trocar idéias sobre o negócio?

Bom, a idéia do OmniBib surgiu de uma troca de emails há alguns meses 
sobre um conjunto de arquivos .bib que estávamos mantendo num CVS 
compartilhado, adicionada do "lançamento" do BibWebDB, do Rodrigo.  O 
objetivo principal é compartilhar dados bibliográficos, mas com duas 
características particulares:

* ter a base distribuída, como um sistema peer-to-peer; cada um mantém
  suas próprias referências e as disponibiliza para o resto da galera

* permitir que um documento LaTeX possa ser "bibtexado" diretamente a
  partir do OmniBib, sem que o usuário tenha que explicitamente catar
  e armazenar localmente as referências que ele precisa

Algum tempo se passou até que eu resolvi colocar alguma coisa em 
prática, o que resultou na implementação que temos hoje.  Como o negócio 
envolveria muita manipulação de texto, com expressões regulares e etc., 
me pareceu uma boa idéia usar Perl, mas não considero isso definitivo.

O "omnibib-server" é o daemon que permite a troca de informações entre 
os peers (dêem um telnet direto para ele pra ter uma idéia melhor do 
protocolo), e o "omnibib" é o script que faz o bibtex direto, mas também 
permite fazer procuras.

O servidor tem dois modos de operação: search e fetch.  O search serve 
pra fazer procuras (ooohhh), que pode ser realizada em campos 
específicos das referências.  Por exemplo, a busca pode ser feita 
somente nos nomes dos autores, ou no título, etc.  Além disso, uma 
operação de procura é sempre repassada, pelo servidor, para todos os 
peers que ele conhece (arquivo "peers"), a fim de ampliar o alcance da 
operação.  Entretanto, os peers, por sua vez, *não* fazem o mesmo, a fim 
de evitar um efeito avalanche na rede.

O modo fetch serve para "pegar" uma referência; a idéia é a mesma do 
search, ou seja, encontrar uma determinada referência na rede, mas com 
algumas diferenças:

* um fetch deve ser feito sobre o label exato
  (ex. "tanenbaum95distributed") que identifica uma referência,
  ao contrário do search que aceita palavras-chave (e futuramente
  expressões regulares)

* se a referência é encontrada no servidor local, ele não repassa a
  procura, pois não é mais necessário

* quando uma referência é encontrada num peer remoto, ela é adicionada à
  base local, como uma espécie de cache

* um fetch busca também as crossrefs que uma referência eventualmente
  tenha

Agora há pouco falei sobre os campos.  Os campos são os mesmos do 
bibtex, com a adição de alguns para suportar outros tipos de informação 
como idioma do documento, ISBN, ISSN, abstract, etc.  Vocês que usam 
estilo ABNT sabem do que eu estou falando... :-(

Bom, acho que por enquanto chega.  Agora quero saber a opinião de vocês. 
 Eu apresentei o OmniBib como está agora, nessa implementação 
"emergencial", mas nada disso é definitivo, portanto vale meter o pau, 
xingar (mas também elogiar, dizer que o código está muito bem 
documentado, etc. :-))))

Abraço
Rafael